A medida que as florestas africanas desaparecem, a uma velocidade inusitada, as comunidades de chimpanzés de vida livre ficam mais em contato com as comunidades de humanos.
No oeste de Uganda, nas regiões de Hoima e Bunyoro, as florestas estão desaparecendo a uma taxa de 8.367 hectares por ano. Em 15 anos não existirão mais bosques naquele território ugandês, e as comunidades de chimpanzés possivelmente vão desaparecer.
O Santuário de Chimpanzés da Ilha Ngamba relata um caso recente em que um bebê de dois meses de idade foi levado por chimpanzés de vida livre para a floresta. Após muito esforço conseguiu ser resgatado, com alguns ferimentos e agora se recupera num hospital da região.
É cada dia mais comum este perigo que ronda aquelas áreas do oeste de Uganda, como na maioria da África, em que os chimpanzés e gorilas de vida livre, perdendo seu habitat, ficam praticamente em contato com as comunidades de humanos.
Os chimpanzés e gorilas têm uma profunda afinidade por bebês e recém-nascidos, e a possibilidade deles sequestrá-los para serem levados consigo aumenta extraordinariamente.
O Santuário africano chama a atenção do mundo que é preciso proteger as florestas que ainda restam, que são essenciais para humanos e chimpanzés. As comunidades de humanos extraem das florestas seu sustento em muitas formas. A floresta é a barreira que permite que os primatas não humanos fiquem protegidos da ação humana, pois estes estão sendo considerados um perigo para as comunidades vizinhas.
O Santuário tem uma série de programas para substituir a renda da floresta para os humanos por outras atividades e incentivar que as florestas sejam protegidas, para evitar que este confronto entre primatas humanos e não humanos se converta em algo trágico.
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