Batalha legal por bebê chimpanzé
postado em 26 jan 2010

TESTE DE DNA PODE SER PEDIDO

Na cidade de Sarasota, Flórida, os tribunais estão agitados nos últimos dias ante uma demanda judicial pela guarda de um bebê chimpanzé de 11 meses de idade, de nome Eli. Ele supostamente foi roubado e vendido para uma mulher na Flórida.

James Casey, que tem uma chácara onde cria chimpanzés, entrou com um processo na Justiça da Flórida solicitando um exame de DNA para provar a paternidade de Eli, que segundo ele lhe pertence e foi roubado de sua chácara e vendido  por sua ex-mulher, com a qual mantém um divórcio litigioso.

Eli está nas mãos de uma mulher chamada Virginia “Gini” Valbuena, que treina primatas para uma empresa de Hollywood e alega que o chimpanzé veio de um zoológico da Califórnia.

Uma das polêmicas era a exigência de apresentar o chimpanzé na hora da audiência. A TV e a mídia estavam esperando este momento. Porém, o Juiz Distrital Charles Roberts falou que não era necessário. Eli aguardou fora da audiência até que o Juiz disse que não era necessário o DNA agora e deixou aberta a possibilidade para o futuro.

James Casey considera que o valor do chimpanzé é US$ 65.000,00 e por isso deseja reaver a sua guarda. O advogado Richard Buckle defende Valbuena e alega não ser necessário o teste. Os advogados de Casey alegam que o teste de DNA realizado em saliva é confiável e que, se der negativo, o caso estaria encerrado e seria a melhor forma de elucidar as dúvidas.

A ex-esposa de Casey e a treinadora Valbuena são amigas, o que levantou a suspeita de seu ex-marido de que Eli era de sua chácara e foi roubado e vendido. Na Flórida é proibido ter chimpanzés em casa como animais de estimação.

No passado no Brasil, existiu muito desvio de chimpanzés e outros animais de zoológicos para comerciantes, que depois os revendiam para circos e particulares. Um teste de DNA realizado em alguns chimpanzés pode revelar muitas surpresas de suas origens. Talvez, o caso de Sarasota venha a ocorrer no Brasil no futuro.

Dr. Pedro A Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional