A suspensão temporária dos conflitos entre rebeldes e o Governo da República Democrática do Congo, ao invés de melhorar a situação dos primatas na floresta, está provocando mais mortes e promovendo o comércio de carne de chimpanzés para restaurantes e consumidores especiais.
As Nações Unidas em seu último informe alega “a comercialização de carne de primatas é a maior ameaça à sobrevivência de chimpanzés e bonobos nos países da África Central”. A maioria da carne de primatas vendida na Capital do Congo, Kinshasa, vem da área de Mbandaka, aproximadamente 450 km de distância, vindo pelo rio, do território até hoje dominado pelos rebeldes.
No enclave diplomático de Gombe, em Kinshasa, a atendente de restaurantes Giselle Kyungu, afirmou que em seu restaurante Inzia, seus clientes são variados. “Tem uma boa quantidade de homens de negócios congoleses, e também muitas pessoas das Nações Unidas, que comem carne de primatas e de outros animais exóticos”.