SANTUÁRIO DE SOROCABA
Eu aprendo com os chimpanzés todos os dias algo novo e nossas relações se aprimoram com o contato constante. Eles sabem o que falamos e nós entendemos o que eles pensam e desejam. Esta última anedota é imperdível!
O grupo de Peter é formado por ele (macho alfta), Tata, Judy e seus filhos com Tata (Marcelino, de 6 anos e Miguel, de 2 anos). Marcelino, como toda ‘criança”, é hiperativo e gosta de brincar constantemente. Eu sempre dedico alguns minutos a ele. Dias atrás, ele me pediu o boné do projeto GAP que uso rotineiramente. A Tata não estava no refeitório no momento em que ele pediu e eu lhe dei. Segundos mais tarde ela e Peter entraram. Peter veio perto de mim e eu lhe mostrei que estava sem chapéu, mostrando minha “careca” e choramingando, já que Marcelino tinha pegado o boné.
A Tata percebeu meu diálogo com Peter e foi onde Marcelino estava, tirou o boné de sua mão pela força, já que ele não queria dar, e o devolveu para mim.
Como qualquer mãe humana, ela percebeu que seu filho tinha feito algo inapropriado com outro adulto e fez a correção da ação.
Tirem as conclusões que desejarem deste ato. Para mim ele vale mais que mil trabalhos científicos, tentando demonstrar o que é evidente: os chimpanzés são humanos!
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional