Em 26/03/2005, pela manhã, peguei a Kombi do Santuário pontualmente às 8h00, como relatado no site – https://www.projetogap.org.br/pt-BR/noticias/Show/268,a-policia-de-sorocaba-investiga-tentativa-de-homicidio-contra-ambientalista – e fui procurar o grupo de bebês chimpanzés para levá-los à mata por uma ou duas horas. Quando cheguei ao ponto de encontro com os tratadores, que me esperavam com os bebês, eles notaram um vidro do veículo quebrado e acharam duas cápsulas de bala dentro do mesmo.
Alguém estava emboscado numa curva da estrada interna do Santuário, que nessa época não tinha construções, e atirou contra mim, com alguma arma com silenciador. A denúncia foi feita, o Ministério da Justiça em Brasília ofereceu proteção, porém era preferível continuar assumindo os riscos. Naquela época tínhamos feito várias denúncias ao Ibama e à Polícia Ambiental contra circos que maltratavam animais.
A partir da apreensão, pelo Ibama, de animais do Circo Le Cirque em Brasília em 2009, onde se incluem dois chimpanzés que chegaram em estado lastimável ao Santuário, começaram a pipocar ameaças de morte, sendo que amigos e conhecidos nos avisavam para que tomássemos cuidado. Segundo as ameaças, eu era o primeiro da lista, seguido por alguns funcionários do Ibama de Brasília, do Setor de Fiscalização Nacional.
Agora a situação mudou. Ao tornarem pública as caluniosas acusações ao nosso trabalho e ao trabalho de outras pessoas que lutam para acabar com os Circos com Animais, ganhamos um “Seguro de Vida”, uma vez que a opinião pública já sabe a quem interessa calar nossa voz.
Ao menos alguma coisa positiva se pode extrair da patranha montada por gente que dedicou toda sua vida à exploração e maus tratos de animais indefesos.
Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional
Notícia relacionada:
https://www.projetogap.org.br/pt-BR/noticias/Show/3270,acredite-se-quiser