Nós humanos estamos incluídos em uma das três famílias dos “Apes” na Superfamília Hominoidea. Os “Apes” divergem dos macacos em várias formas: não tem rabo, tem um corpo grande e pesam mais que os outros primatas, tem postura mais ereta e o peito mais largo. Devido ao seu tamanho, os “Apes” tendem a pendurar-se em galhos, mas sem balançar-se sobre os mesmos. Isto tem provocado muitas modificações em seu esqueleto e musculatura. Os “Apes” dependem mais de sua visão do que de seu olfato. Tem cérebros maiores que os macacos em relação ao seu corpo. A gestação demora mais e sua maturação sexual é mais demorada também.
Explicamos tudo isto como uma introdução, para se obter um entendimento porque os Gibões, originários do Sudeste da Ásia, são parte da preocupação do Santuário do GAP. Estes primatas estão classificados num degrau inferior aos grandes primatas, porém muito próximo a eles e ameaçados de extinção.
Nós temos uma Gibão fêmea de nome Badeca, hoje com 2 anos de idade, e agora chegou a sua irmã, denominada Ju, com menos de 1 ano de idade. Ju como sua irmã, vieram do Bwana Park, Zoológico privado do Rio de Janeiro, o qual foi interditado pelo IBAMA no final do ano passado, devido aos maus tratos dos animais que ali se encontravam. Tanto a Ju como a sua irmã têm um problema físico, possivelmente causado pelos pais após seu nascimento, que é a falta total ou parcial do nariz, o que as tornam vulneráveis ao aparecimento de doenças respiratórias.
No momento estamos tentando integrá-las, para que possam viver juntas em um mesmo recinto, que no caso dos Gibões, acostumados a viver em grupos familiares, é muito importante. Os pais de ambas foram destinados pelo IBAMA a um Clube de Campo particular em Goiânia.
Ju e Badeca pertencem à espécie Hylobates syndactylus, conhecida também pelo nome de Siamang. Preferem ambientes diurnos e arbóreos, sua cor é preta e possuem abundante pelagem. Caracterizam-se por emitir sons fortes, através de uma bolsa que se dilata em sua garganta.