CHIMPANZÉS TORTURADOS
Esta frase absurda divulgada pela direção no NIH (Instituto de Saúde Norte-americano), resume a falta de sensibilidade desse organismo estatal do maior país do planeta, e teve resposta à altura da Presidente do NEAVS (New England Anti-Vivisection Society), Dra. Theodora Capaldo. Ela falou: “a Agência (NIH) pode querer divorciar a ciência da ética, porém a sociedade em sua imensa maioria não aceitará tal diferenciação … já que não é intelectualmente defensável”.
Numa audiência, a segunda do Comitê sobre Chimpanzés em Pesquisa Biomédica e Comportamental, que decide e recomenda ao Congresso Norte-americano se aprova a legislação que aposenta para sempre todos os chimpanzés em poder do Governo, tanto a Dra. Capaldo como o Dr. Bailey, cientistas convidados a dar sua opinião, rechaçaram o debate se a ética não se incluía no mesmo, o que o NIH relutava a permitir.
O Dr. Bailey afirmou ao Comitê: “após cuidadosa revisão de mais de 30 anos de uso de chimpanzés em muitas áreas da pesquisa de doenças humanas, as seguintes conclusões podem ser tiradas e apoiadas cientificamente, o que raramente têm alguma utilidade hoje em dia. Eles mostraram ainda que são modelos pobres em muitas áreas, como HIV/ AIDS e na Hepatitis C, sendo o uso de chimpanzés em câncer e doenças do coração quase inexistentes porque eles não desenvolvem as enfermidades ou se a desenvolvem são com características diferentes.”
Nas declarações de Capaldo, ela mostrou os casos dos chimpanzés Jeannie e Tom, que após anos de uso em torturas médicas invasivas, foram resgatados pelo Santuário Fauna Foundation e terminaram morrendo lá prematuramente. Capaldo também insistiu que a ética não poderia esquecer-se nesta discussão
“já que não estamos falando de tubos de ensaio, estamos falando de seres vivos.”Dr. Pedro A. Ynterian
Presidente, Projeto GAP Internacional