A Destruição do Vínculo Familiar
postado em 07 jul 2004

Os chimpanzés na floresta vivem em grandes grupos. As mães, tias e avós cuidam dos chimpanzés menores, enquanto os machos adultos cuidam da segurança e da provisão de alimentos. Os adolescentes quando se tornam adultos, às vezes abandonam o grupo para constituir novos grupos com fêmeas de outras agrupações, porém o vínculo com sua família original persiste e se encontram ocasionalmente, cumprimentando-se com carinho e afeição.
Em zoológicos, circos, laboratórios de pesquisa médica e centros de entretenimento, constata-se que os humanos tem se encarregado de destruir estes vínculos familiares, criando milhares de órfãos, separando famílias e amigos, com a utilização de seu prepotente direito de propriedade, como era feito com os escravos humanos nos séculos passados.

Para que se tenha um exemplo: Lulu, chimpanzé fêmea, já perdeu meia dúzia de filhos; com Ditty ocorreu o mesmo e só agora no Santuário, ela conseguiu criar o primeiro bebê; Margareth possivelmente perdeu 7 ou 8 filhos; Rita, do Zoológico de Sorocaba, deve ter perdido aproximadamente 6 filhos; Queenie e Francis, chimpanzés da Bolívia, perderam 9 filhos em zoológicos dos Estados Unidos, e assim por diante. Os filhos são tirados das mães a poucas horas do nascimento, criados como órfãos e vendidos a outros centros e pessoas que repetem a experiência quando aqueles se tornam adultos.

A família chimpanzé é destruída pelos humanos diariamente em cada canto do planeta

O fatídico Laboratório Coulston, que matou e vendeu dezenas de chimpanzés nos Estados Unidos e montou uma usina de produção de bebês chimpanzés, a fim de abastecer o Instituto de Saúde Norte-americano, alguns anos atrás, chegou a vender no início da epidemia de AIDS, bebês chimpanzés por 60 mil dólares para o Governo daquele país, que depois os inoculava com HIV e outros vírus mortais, para desenvolver vacinas e remédios que afinal, nunca deram certo.

A dívida que a raça humana tem com os chimpanzés e os Grandes Primatas em geral é monumental e dolorosa, como também a tem com a raça negra que foi escravizada durante séculos. Aqueles que insistem em explorar chimpanzés, comercializá-los e dominá-los são os últimos escravistas neste nosso mundo.