“Ativistas pedem direitos humanos para primatas”
Em uma matéria da BBC, de difusão mundial, se destaca que um movimento internacional para dar aos primatas direitos iguais aos garantidos aos seres humanos está ganhando força.
Como fundamento desta notícia, foi relatado que na Áustria, juízes estão para decidir se a britânica Paula Stibbe deve receber a guarda legal de um chimpanzé chamado Hiasi, separado de sua família na África há 25 anos. O abrigo em que ele vive vai ser fechado e para impedir que Hiasi seja vendido a um zoológico, Stibbe terá que persuadir o tribunal de que ele merece a mesma proteção garantida a uma criança.
Ao mesmo tempo ativistas pelos direitos dos grandes primatas tentam convencer o Parlamento Espanhol a apoiar um princípio similar defendido pelo Projeto GAP. Segundo a entidade todos os primatas devem ter assegurados os seus direitos a vida e a liberdade, e devem ser protegidos contra a tortura.
Segundo Ian Redmond, representante do projeto da ONU Great Apes Survival, os ativistas podem usar a guarda legal de primatas como uma forma de resgatá-los dos maus-tratos. Ele acrescenta “Os primatas são especiais porque são parentes muito próximos de nós.” “Os chimpanzés e os bonobos são nossos parentes mais próximos ainda vivos. Se diferenciam de nós em apenas 1% do seu DNA.” “E tão próximo – continua Redmond – que nós poderíamos receber uma transfusão de sangue ou um rim deles. Gorilas são os próximos, depois os orangotangos.”
E continua o representante da ONU “mas existe um argumento cognitivo mais forte, porque a inteligência dos primatas e sua capacidade de raciocínio exigem o nosso respeito.” “Se você mostrar um espelho a um gibão a reação dele sugere que ele pensa que a imagem é de um outro gibão.” E acrescenta Redmond “mas todos os grandes primatas passaram pelo teste de auto-reconhecimento no espelho e logo começam a olhar seus dentes e examinar partes do seu corpo que eles não conseguem ver sem um espelho. Essa consciência de si mesmos indica que eles sabem que existem.”