O Laboratory Primate Advocacy Group (LPAG) é um grupo que está lançando uma campanha nos Estados Unidos para localizar aproximadamente 200 Chimpanzés que foram infectados com HIV em laboratórios norte-americanos. Estes primatas vivem ignorados e praticamente abandonados a sua sorte em pequenas gaiolas ou recintos, isolados ou em pequenos grupos, sem ver a luz do sol ou sentir um vento fresco em suas faces.
Desde que a campanha começou, cartas foram enviadas à todos os laboratórios que estiveram envolvidos em pesquisa de HIV nos Estados Unidos. A única resposta veio do Centro de Câncer Anderson, da Universidade do Texas, o qual possui oito Chimpanzés HIV positivo, seis machos e duas fêmeas. Apesar de que a informação foi fragmentária, a LPAG conseguiu reconstruir a história deles. Vejamos os casos:
Leo, macho de 27 anos de idade, foi infectado com HIV quando tinha 14 anos. Não se conhece onde nasceu e onde foi criado. É possível que tenha nascido em um circo e/ ou foi criado como animal de estimação. O mesmo pode ter sido para Bruce, que não tem origem, macho de 27 anos de idade, foi infectado com HIV quando tinha 7 anos. Quatro dos Chimpanzés nasceram no Novo México, porém não se sabe se ficaram com suas mães ou foram criados por humanos. Happy, fêmea de 25 anos de idade, foi infectada quando tinha 6 anos, momento em que a maioria dos chimpanzés não dependem da mãe, porém ainda precisam da proteção dela. Joyce, fêmea de 24 anos de idade, foi infectada com HIV quando tinha apenas 6 anos. Brent, macho de 27 anos de idade, é HIV positivo há 12 anos. Um macho sem nome, com o número 4347, aniversariou em 21 de abril passado e foi infectado com HIV quando tinha 9 anos. Os últimos dois Chimpanzés com HIV positivo números 4749 e 4750, foram nascidos no próprio Anderson Center e parecem ser gêmeos, foram criados sem a mãe. O número 4750 foi infectado quando tinha 6 anos de idade e o seu irmão, o 4749, 1 ano depois. Hoje ambos machos têm 18 anos de idade.
No último caso dos gêmeos, nascidos no próprio Centro, mostra a extrema crueldade dos humanos que fizeram aquela escolha. Bebês que foram criados por eles desde o nascimento e depois condenados a morte ou a viver como mortos por toda vida. Como um humano pode fazer isso? É totalmente inexplicável.
Outros 10 Chimpanzés HIV positivo que se teve informação, foram os 10 restantes em Yerkes Regional Primates Research Center. A “História de Jerom” relatada no passado, agora é compartilhada com a de Buster, 22; Nathan, 22; Arctica, 23; Joye, 23; Betsie, 22; Jonah, 20; Marc, 20; Roberta, 21; Tika, 23 e Hallie, 22. Nenhum deles viu a luz exterior em uma década. O mundo para eles é representado por paredes e ferros de gaiolas, e o contato com um pequeno grupo de humanos, que nem os tocam, e que os vêem com temor e horror.
O Grupo LPAG insta à todos aqueles defendem os Chimpanzés a escrever para os vários Centros que hoje possuem esses primatas ignorados e abandonados a sua sorte. Para aqueles que desejarem mais informação sugerimos visitar três endereços eletrônicos www.censusproject.com, www.seec.net/prisioners.htm e riweiss@mindspring.com.